Armindo Teixeira Lopes nasceu em Abreiro, uma aldeia do concelho de Mirandela, em 1905 e morreu em 1976. Foi casado com D. Ofélia do Patrocínio de quem teve três filhos, uma rapariga e dois rapazes, os pintores Hilário Teixeira Lopes e Gil Teixeira Lopes. Armindo Teixeira Lopes foi um autodidata.
Possuía a instrução primária mas isso não o impediu de ampliar os seus conhecimentos em vários campos: geografia, biologia, química, literatura e francês.
Foi pintor, desenhador e poeta:
Foi funcionário público de 1935 a 1948 em Mirandela e de 1948 a 1965 em Lisboa no Tribunal de Recursos e Avaliações;
Exerceu atividade artística em Belo Horizonte, no Brasil, durante alguns anos, decorando palacetes e casas de senhores abastados;
Em 1967 parte para Luanda/Angola, com uma bolsa do IICA (Instituto de Investigação Científica de Angola);
Em 1968 esteve em Moçambique;
Em 1972 volta para Lisboa;
Como pintor, relata a paisagem urbana, Lisboa antiga e outras terras (Tomar, Porto, Silves, Tavira, etc.). Usa cores quentes (vermelhos, laranjas, ocres, amarelos, castanho claro), geometricamente bem estudadas, talvez influências dos trópicos (Brasil e Angola).
Os filhos Hilário e Gil, também pintores, foram para ele os seus mestres, segundo dizia. No seu conceito “arte era tudo aquilo que um espírito sensível cria, onde possa encontrar-se beleza, ou que, de qualquer modo, possa transmitir os sentimentos e estados d’alma do homem, não só singular mas também coletivamente”.
Está representado em diversos museus e galerias, bem como em coleções nacionais e estrangeiras, nomeadamente nos USA, Canadá, França, Inglaterra, Brasil, Turquia e África do Sul.