Al-zuleique é a palavra árabe que originou o português azulejo e designava a "pequena pedra lisa e polida" usada pelos muçulmanos, no tempo da Idade Média.
A forma como usavam os azulejos para decorar chão e paredes agradou aos nossos reis e por isso começaram a ser produzidos em Portugal no final do século XV. Ganharam um lugar privilegiado na arquitectura ao longo dos séculos e podemos dizer que Portugal os adoptou de forma ímpar, como em nenhum outro país europeu.
Foi no século XVIII que o azulejo "invadiu" igrejas e conventos, palácios e casas, jardins, fontes e escadarias. Com padrões geométricos, contando histórias da vida de santos ou temas profanos como as fábulas de La Fontaine, por vezes legendados como uma versão antiga de banda desenhada, tornou-se um dos principais elementos decorativos portugueses.
Ao viajar pelo país inteiro, descobrimos um autêntico museu vivo da azulejaria mas é no Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que se pode conhecer de forma única toda a sua história e a evolução técnica e artística, desde os primeiros tempos até à produção contemporânea.
Em pleno século XXI, o azulejo continua a ser usado com notoriedade pelas correntes mais vanguardistas marcando a arte pública.
Os motivos usados nos azulejos são muito variados, deixando aqui apenas alguns exemplos
O Azulejo no Conselho de Mirandela
Em Mirandela, o azulejo existente reflecte tudo quanto já se disse e os mais conhecidos na Cidade de Mirandela, além dos que são colocados em casas particulares, são os da Fonte dos Ciprestes e os do Muro da Reginorde. À Entrada do Palácio dos Távoras existe o Brasão do Concelho de Mirandela. Nas aldeias do Concelho de Mirandela os azulejos são sobretudo visíveis em fontes, em fontanários, em largos, em jardins, em capelas, em igrejas, etc. São muito utilizados os motivos agrícolas e religiosos. Também são frequentes os azulejos de santos em casas privadas, de nomes de vivendas e com os dizeres «Cuidado com o Cão», mesmo que ele não exista.
Os azulejos do Mercado Municipal O azulejo do Palácio dos Távoras
Os Azulejos da Reginorde
Os Azulejos da Fonte dos Ciprestes
No site www.instituto-camoes.pt existe uma interessante história sobre o azulejo em Portugal que nos parece pertinente aproveitar neste trabalho sobra a arte da azulejaria, sobretudo no concelho de Mirandela. Em Portugal, os azulejos percorrem estilos e linguagens de todos os tempos e enchem de cor qualquer visita.